quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Marco Legais

Lei 12316/97 e Decreto 40232/01;
Política Nacional para a inclusão social da população em situação de rua – juntamente com o GTI – Grupo de Trabalho Interministerial – MDS Ministério do Desenvolvimento Social – Presidência da República;
Lei que obriga a contratação de 1% da mão de obra para as empresas que ganham a licitação da prefeitura - aprovada na Câmara Municipal – vetado pelo prefeito Kassab;
Dia de luta do povo de rua (calendário oficial de ato público);
Movimento Nacional População em situação de rua;
Movimento Estadual População em situação de rua;
Ato público contra o massacre de 2004;

Dados Relevantes

Alguns Dados
Uma pesquisa realizada em fevereiro de 2001 pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)[1] com a participação de técnicos da Secretaria de Assistência Social e entidades conveniadas constatou a presença de 8.095 moradores adultos de rua na cidade de São Paulo. Foram recenseados 94 bairros. Na região central da cidade constatou-se a presença de 2.071 pessoas (24%). Alguns outros dados da pesquisa são os seguintes: 85% do total são homens e 15% mulheres. Quanto à idade 70% estão entre 18 e 49 anos ; 19% entre 50 e 64 anos e 4% acima dos 65 anos. Segundo o tempo de permanência nas ruas, 16% estão entre 2 e 5 anos. No período de 6 meses a 1 ano, 15%. Até um mês, 13%. De um a 3 meses, 13%. Entre um e 2 anos, 13%. De 3 a 6 meses, 11%. No intervalo de 5 a 10 anos, 11%. Acima de 10 anos, 8%.Vale ressaltar que em 2009 o número de pessoas em situação de rua, chegou a 15mil, e, considerando que a pesquisa da FIPE, supra mencionada, é referente ao ano de 2000
[1] www.fipe.org.br

História da Associação REDE RUA

Há anos o Brasil vive momentos de grandes dificuldades econômicas e sociais. Os problemas se concentram nos centros das grandes metrópoles. A cada dia a situação dos empobrecidos se agrava. Milhares de pessoas se aglomeram nas ruas da cidade na expectativa de se alimentarem das sobras do luxo da sociedade. Terminam por sobreviver dos restos da feira, dos mercados, do lixo ou da generosidade das pessoas. Para outros é tamanho o desespero que buscam na violência a alternativa para a sobrevivência.
Milhões de pessoas encontram-se desempregadas, vítimas da situação sócio-político-econômica. Sobrevivem de “bicos”, catar papel, guardar carros, segurar placas, descarregar caminhões ou pedir. Famílias inteiras encontram-se jogadas nas ruas, sob os viadutos e marquises. Uma situação inaceitável para o atual estágio de progresso em que se encontra o país.
Há vários anos diversos pastorais e movimentos desempenham trabalhos junto a esses excluídos. Deste apelo surgiu em 1989, de um grupo de leigos e religiosos, o CDCM (Centro de Documentação e Comunicação dos Marginalizados), uma proposta de comunicação a partir dos excluídos. A proposta do CDCM nasceu atrelada á promoção humana, através da criação de uma Casa de Convivência, em convênio com o Centro Social do Parque Fernanda. O convênio deu origem uma parceria com a PMSP, que possibilitou a abertura e funcionamento da Casa de Convivência do Pedroso, que foi implantada pelo Centro Social do Pq. Fernanda no ano de 1990 e posteriormente transferida para o Brás, na Av. Alcântara Machado, onde esteve sob responsabilidade da entidade até 1995. Os trabalhos da entidade deram origem a diversos projetos com a população de rua, tais como: Cascudas Restaurante (restaurante comunitário, em forma de cooperativa, administrado pela população de rua), Fraternidade Povo da Rua, de atendimento a portadores de Aids em situação de rua, Cais do Bom Jesus, de atendimento a moradores de rua, no Brás. Da experiência adquirida no CDCM, sentiu-se a necessidade de consolidar e reestruturar o projeto, tendo em vista seu potencial de resposta. Com esse novo passo, em 1994 o projeto passou a denominar-se Rede Rua.
Em 1998 a Rede Rua passa novamente por uma reformulação de suas propostas. Atender não somente às necessidades de comunicação, mas também forjar o papel de articuladora entre os diversos trabalhos e estabelecer parcerias com outros projetos, com a finalidade de educar para a cidadania e promover o resgate da cultura dos moradores de rua. Animar e organizar grupos com identidade e objetivos próprios que vão forjando uma sociedade onde os excluídos mostrem que sabem se organizar, resistir, cantar, dançar, contar e fazer a história. Uma rede que facilite o protagonismo e a cidadania aos excluídos.
Ao longo dos últimos 11 anos a Rede Rua tem desenvolvido atividades junto à população de rua e na grande São Paulo. Depois de desmembramento da Fraternidade Povo da Rua, surge como entidade civil, a Associação Rede Rua, que dá continuidade aos trabalhos desenvolvidos anteriormente. A idéia de rede evoca ao trabalho de pequenos grupos, interligados de uma maneira ou outra na busca de uma sociedade diferente. Espaço de promoção humana, comunicação, educação popular e articulação que possibilite integração com as pessoas de rua e ligação com outros movimentos e entidades afins
Em 1998 ajudou-se na concepção e gerenciamento do Programa de Atenção à População de Rua em Santo André que conta com uma casa de Convivência (Casa Amarela), um albergue e duas casas moradia.
Atualmente a Rede Rua coordena o projeto "Refeitório Comunitário", Albertue Pousada da Esperança (porta de entrada), Centro de Acolheida “Santo Dias da Silva”, Novo Hotel Pousada (hotel social), conveniados com a prefeitura Municipal, na região central e sul da cidade de São Paulo. Nos últimos anos a Rede Rua conseguiu adquirir uma infra-estrutura e aprimorar seus serviços. Conta com duas casas na rua Sampaio Moreira 110 - casas 9 e 12, uma ilha de edição, uma videoteca comunitária e diversos instrumentos comunicacionais como computadores, câmeras, maquinas fotográficas. Além de convênios com a PMSP a entidade capta recursos através de doações, eventos e atividades comunitárias.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

História da Instituição



A Associação Rede Rua, organização social, sem fins lucrativos, nasceu nos anos 80. Um grupo de verbitas juntos com grupo de missionário, voluntário. A idéia dos missionários era preparar um sopão embaixo do viaduto Alcântara Machado. Alguns moradores de rua ajudavam no preparo desse “sopão”. Alguns iam buscar madeira, outros iam pedir doação de alimentos, e, juntos, compunham uma grande “família”.

Dia a dia, o número de procura pelo tal “sopão” crescia. Mais e mais pessoas se juntavam a fim de ajudar no preparo e se alimentar.
Se sentindo extremamente incomodados com o número de pessoas que estavam naquela situação, nasceu então, deste grupo, o “Centro de Registro e Documentação dos Marginalizados” que teve como objetivo, registrar, acompanhar e intervir juntamente com essa população.
Este grupo teve muita influencia na criação da lei 12.316, implantação de uma política pública para a população em situação de rua, a criação de um jornal “O Trecheiro”, que foi pioneiro no registro de denuncias de violação de direitos e mobilização para atos públicos, tais como, massacre do povo de rua, Política Nacional para inclusão Social Pop. De Rua, Decreto que regulamentava tal lei, entre outros.

O que me anime e me impulsiona enquanto educador???


O que me anima enquanto educador é saber que de certa forma, contribuo, faço parte na vida daquele indivíduo naquele momento, faço parte daquele contexto. Não ensinando ou educando, mas trocando experiências.